Como falado em posts anteriores, há uma estrutura no joelho de formato semicircular composta por cartilagem fibrosa (fibrocartilagem) chamada menisco, entre o fêmur e a tíbia. Sua função básica é servir como amortecedor, lubrificador, estabilizador e distribuidor de carga dentro da articulação, recebendo e dissipando os impactos que o joelho é submetido ao longo do dia.
Quando necessário, o menisco pode ser uma região que precisa de atenção cirúrgica. Isso acontece pois há uma grande exigência do corpo. Entre as opções há a artroscopia, um procedimento cirúrgico que permite olhar para o interior de uma articulação em seu corpo com o auxílio de um equipamento chamado “artroscópio”, sendo este uma haste com uma câmera na ponta.
O principal benefício de realizar uma cirurgia por meio de artroscopia é que ela permite uma intervenção bem menos invasiva e uma recuperação muito mais rápida ao paciente comparado ao processo de uma cirurgia tradicional. Além disso, é possível suturar o menisco com maior precisão, ou até remover partes menores quando a sutura não é possível.
É importante mencionar que, quando a região em questão é rompida na área periférica e vascularizada, o procedimento de sutura guiada pelo aparelho é muito indicado, já que preserva o menisco por completo e ainda reduz as chances de haver desgastes futuros. Caso haja a necessidade apenas de retirada de uma parte lesionada, o período de recuperação é rápido, sendo o paciente permitido pisar no dia seguinte à cirurgia.
Fisioterapia deve ser iniciada já no dia seguinte a cirurgia e musculação poucas semanas após.
O retorno ao esporte depende de medidas específicas verificadas em consultório e variam conforme indivíduo. Atletas de elite retornam em prazos curtos como até 3 semanas após a artroscopia. Contudo, pode haver casos em que o ideal seja trocar as atividades realizadas anteriormente por serem de grande impacto, mas isso depende muito do tipo de lesão que foi feita no joelho e em como se deu o período de recuperação.