Ruptura do Ligamento Colateral Medial (LCM)

No nosso dia a dia, necessitamos de estabilidade articular  no joelho para realizar as mais variadas atividades inseridas na nossa rotina. LCM é um excelente protetor para a região, visto que impede que façamos movimentos que levem a uma torção do joelho. Ele é o principal restritor do valgo (joelho entrando) e além disso, também auxilia na estabilização e “segura” o movimento de rotação externa da tíbia, em relação ao fêmur.

Para entender melhor como esse ligamento funciona, o melhor é estudar onde ele está localizado exatamente e como compõem-se com os membros ao seu redor. Em suma, ele divide-se em três camadas distintas, sendo a primeira camada chamada fáscia profunda, que consiste na fáscia do sartório anteriormente e uma fina camada posteriormente. A fina fáscia posterior cobre a fossa poplítea e as cabeças do músculo gastrocnêmio. A segunda é conhecida como ligamento colateral medial superficial ou ligamento colateral tibial. Este ligamento nasce no epicôndilo femoral medial e se insere na tíbia distal, aproximadamente 4-5 cm abaixo da linha articular. Já a terceira camada é composta pela cápsula articular do joelho, está dividida em terços de anterior para posterior. Colocar ilustração basica de anatomia representando o LCM na região interna do joelho.

Como qualquer ligamento colateral medial está sujeito a sofrer lesões. No caso dessa região, podem ser classificados em 3 diferentes graus que se distinguem perante a situação que o ligamento ficou pós acidente, indo de um estiramento até uma ruptura total. São muitos os sintomas que podem indicar uma lesão nessa região, entre eles estão: dor na parte medial interna do joelho, falseio, inchaço (edema), hemartrose, incapacidade de flexionar o joelho e até atrofia muscular da coxa. No entanto, independente da gravidade dos sintomas, quando a lesão do LCM não é bem diagnosticada e tratada, eles podem persistir por muito tempo, gerando incapacitação plena ao esporte e para atividades rotineiras.

O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico a depender do tipo de lesão, classificação, nível de demanda funcional do paciente, instabilidade ao exame físico e lesões associadas. Uma associação muito comum é com a do ligamento cruzado anterior (LCA), que normalmente gera grande instabilidade do joelho e quando associada também ao menisco medial configura a tríade infeliz clássica de O’donoghue.

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