Ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA)

O ligamento cruzado anterior (LCA) tem.origem no condilo femoral lateral e inserção entre as espinhas tibiais. Comprimento médio de 38mm e uma espessura de 11mm. Descrita por fibras que se mantém tensas em todo arco de movimento, a estrutura torce de acordo com a posição do joelho. Além disso, subdivide-se em 2 bandas de ação independente:

1. Banda Antero-medial (tensa com o joelho flexionado): se origina na porção mais proximal da LCA e se insere na porção mais anteromedial da sua inserção tibial

2. Banda Póstero-lateral (tensa com o joelho estendido): se origina mais distal em relação à origem femoral e se insere mais postero-lateral na inserção tibial, esta banda é o componente mais curto e de maior volume do LCA.

Na região central do joelho também há a presença do ligamento cruzado posterior (LCP), formando um X quando cruza o anterior. Os dois são responsáveis por controlar o movimento do joelho para frente e para trás. Em específico, o anterior cruza longitudinalmente o centro, impedindo que a tíbia se desloque para frente do fêmur, além de conferir uma estabilidade rotacional.

Sendo um dos ligamentos mais importantes do corpo humano, estudos constatam que o LCA é importante restritor anterior do joelho e secundário em outros planos como varo-valgo.

A ruptura da estrutura anterior ocorre, na maioria das vezes, por torções do joelho em atividades esportivas. O mecanismo mais comum para esse tipo de lesão é o de valgo (joelho para dentro) e rotação do fêmur sobre a tíbia. Ou seja, há a chance de rompimento quando uma pessoa roda o seu corpo permanecendo com seu pé fixo no chão.

No momento que a lesão ocorre, o paciente pode apresentar sinais e sintomas específicos, como: um estalo alto no joelho no momento do rompimento, dor intensa e aguda com incapacidade para continuar a atividade, edema na região (que piora após algumas horas do episódio) e uma sensação de instabilidade no joelho.

Dada a situação, são muitas as medidas recomendadas, como: a parada imediata da atividade que estava sendo realizada, elevação da perna, aplicação de bolsas de gelo, proteção da articulação (evitando apoiar o peso no lado sofrido) e repouso. A partir desse processo, é necessária a procura de um atendimento médico se houver uma piora nos sintomas. Assim dizendo, essa busca torna-se indispensável caso o paciente comece a apresentar dores mais intensas, inchaço permanente e/ou dificuldade extrema de movimentação.

No geral, o diagnóstico da lesão de LCA é dado através de um exame físico, feito por um médico especialista. Vale lembrar que, se o joelho estiver muito inchado e dolorido, o exame clínico pode ser inconclusivo, precisando de uma segunda avaliação após a melhora do quadro inicial. Em todos os casos, a ressonância magnética é o exame de escolha para confirmação do diagnóstico por ser essencial para identificar lesões associadas comuns, não sendo necessário esperar o joelho desinchar para sua realização.