Evolução da cirurgia de reconstrução do LCA?
A ruptura do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é uma das lesões mais frequentes no joelho e ocorre principalmente nos atletas. A maior parte das lesões do LCA causam instabilidade, dor e falseios no joelho. Com o passar do tempo, acarreta em outras lesões no joelho como a lesão do menisco e da cartilagem. Por isso, a maioria das lesões do LCA tem indicação de cirurgia.
Este ligamento do joelho funciona como um grande estabilizador, mantendo os ossos fêmur e tíbia estáveis do ponto de vista anteroposterior e rotacional. Como comentamos anteriormente, a lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é muito comum no mundo dos esportes, principalmente no futebol, devido à redução da velocidade do praticante ou mesmo colidir-se com outros jogadores.
A cirurgia de reconstrução do LCA já existe há 100 anos. Contudo, somente após as décadas de 70, 80 e 90, com uma melhor compreensão da biomecânica do joelho, com o desenvolvimento da artroscopia e com o uso de novos métodos de fixação do novo ligamento, os resultados começaram a ficar mais promissores. Dos anos 2000 até o momento, houve um melhor entendimento tanto da anatomia quanto da biomecânica do LCA, possibilitando a otimização do posicionamento dos túneis. Além disso, ocorreu o desenvolvimento de novos materiais (parafusos) bioabsorvíveis e da evolução na reabilitação pós-operatória (fisioterapia), proporcionando resultados ainda melhores com retorno dos pacientes aos esportes e às atividades físicas.
Como é a recuperação da cirurgia de reconstrução do LCA?
Após a cirurgia de reconstrução do LCA, o paciente permanece no hospital por apenas 1 dia e não usa nenhum tipo de joelheira ou imobilização, podendo andar com muletas e mexer o joelho já no mesmo dia da cirurgia. O joelho fica inchado e é necessário a aplicação de gelo sobre ele por 30 minutos várias vezes ao dia, por alguns dias.
As muletas são usadas por apenas 7 a 10 dias e a fisioterapia começa no dia seguinte da cirurgia, continuando por pelo menos 3 meses quando se inicia fortalecimento muscular e treino de equilíbrio mais avançado.
O retorno às atividades físicas ocorre em média entre 6 a 9 meses conforme cada paciente.